Cisto de Baker: o que é? Como tratar?
O cisto de Baker (ou cisto poplíteo) é uma lesão benigna que aparece na região posterior do joelho, é formado por acúmulo de líquido sinovial em uma pequena bolsa (Bursa), entre o ventre medial do músculo gastrocnêmio e o tendão semi-membranoso. Descrito por Baker em 1894 como um cisto a ser tratado. Com o advento da ressonância magnética se observou que patologias intra-artculares levam ao enchimento da bursa e não se trata de um cisto verdadeiro.
Índice
O Cisto de Baker
O cisto região na poplítea é uma massa que se assemelha a um tecido mole, porém tem um líquido dentro da bolsa. Ele não causa nada grave à saúde, mas deve ser cuidado, pois causam incomodo.
O aparecimento do cisto atrás do joelho mostra que algo não está bem com o joelho e precisa ser investigado. Ter cistos poplíteos é uma característica de pessoas com problemas nas articulações do joelho como artrite reumatoide por exemplo.
Na figura a seguir é possível observar a localização do cisto de Baker.
Causas
Os fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento do cisto de Baker são: pessoas com idade avançada; presença de osteoartrose e artrite; prática de esportes de alto impacto que causam irritações meniscais.
As principais causas do Cisto de Baker em adultos (entre 35 e 70 anos) são devido a lesões degenerativas, como artrose, doenças autoimunes ou traumas. Em crianças (de 4 a 7 anos) ele está relacionado a questões genéticas e tem pouca relevância clínica.
Na figura a seguir é possível observar o desenvolvimento do cisto de Baker na parte de trás do joelho.
Sintomas
Muitas vezes os sintomas podem ser imperceptíveis quando o Cisto de Backer é pequeno. Quando o tamanho do cisto é grande o paciente vai notar o seu surgimento pelo aparecimento de uma massa que se pode apalpar. Os principais sintomas do aparecimento do Cisto de Baker são:
- Dor atrás do joelho;
- Inchaço;
- Percepção de pressão atrás do joelho quando o paciente caminha ou realiza uma atividade física.
- Se o cisto é grande ele vai dificultar articulação do joelho, a flexão e extensão do joelho.
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O Cisto de Beker pode sofrer vazamento ou ruptura, então o paciente sente uma dor abrupta e intensa atrás do joelho e na panturrilha, além de aumento do volume e empastamento da panturrilha.
Neste caso pode ocorrer compressão de vasos e nervos, sintomas estes que podem ser confundidos com a tromboflebite e Trombose Venosa Profunda (TVP).
Outra ocorrência possível na região poplítea é a ocorrência de aneurismas, mas ao passarem por palpação eles podem ser identificados e diferenciados dos Cistos de Baker.
Diagnóstico
O diagnóstico do cisto do cisto de Baker é feito através de um exame físico, que em geral, é suficiente para determinar sua ocorrência, porém exames de imagem podem ser solicitados.
Os exames de imagem mais utilizados para diagnóstico do cisto de Baker são a ultrassonografia e a ressonância magnética. O exame de ultrassonografia é usado para determinar exatamente o tamanho, o local do cisto e diferencia-los dos com líquidos de massas sólidas de tumor.
No exame de ressonância magnética o cisto de Baker aparece como uma imagem ovular, bem definida e de conteúdo líquido. Com esse exame é possível diferenciar os cistos poplíteos dos cistos parameniscais, que ficam na periferia dos meniscos (medial ou lateral) e tem comunicação com a lesão menisco.
Na figura a seguir o cisto de Baker é observado na imagem de ultrassonografia na lateral e em corte axial do joelho.
Tratamento
O aparecimento do cisto vem associado a outras patologias, como a lesão intra-articular e o tratamento do cisto de Baker será baseado no processo de melhoria da doença de base.
Em crianças dentre 10 a 20 meses o Cisto de Baker desaparece espontaneamente e em adultos o tratamento, na maioria das vezes, não é cirúrgico. Se ele for tratado por artroscopia vai diminuir de volume e desaparecer. Caso o cisto de Baker persista só então é realizada uma ressecção aberta.
A cirurgia quando feita isoladamente não resolve o problema e o cisto volta. Nesses casos geralmente é realizado apenas um acompanhamento e um tratamento paliativo, como: fisioterapia, aspiração e aplicação de corticosteroides no local.
FAQ – Perguntas Frequentes
É uma lesão benigna que aparece na região posterior do joelho e é formado por acúmulo de líquido sinovial em uma pequena bolsa.
O tratamento depende de uma avaliação clínica do ortopedista, para descartar outras lesões no seu joelho. Muitas vezes o tratamento é clínico, com analgésicos, fisioterapia e exercícios específicos.
Procure um médico ortopedista vai dar o diagnóstico a partir de exame clínico e de imagem.
Sim, o tratamento depende do tamanho do cisto, da intensidade da dor e o ortopedista pode recomendar fisioterapia e/ou fazer uma punção e aplicação de corticoides.
É possível realizar exercícios desde que o paciente não se sinta incomodado.
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