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Osteotomia ao redor do joelho: tudo sobre esse procedimento

Osteotomia ao redor  do joelho consiste em um tipo de procedimento cirúrgico voltado a corrigir o desalinhamento que pode ocorrer em membros inferiores, diferentemente da técnica de reconstrução do ligamento cruzado anterior, que se destina ao tratamento de lesões.

É importante destacar que a cirurgia de osteotomia é indicada para ocorrências variadas, como desgaste do joelho, artrose, alterações de natureza congênita e fraturas.

Saiba como a osteotomia do joelho é realizada:

Este procedimento cirúrgico é feito por meio de anestesia peridural, realizando-se o corte ósseo da tíbia ou do fêmur, conforme o tipo de deformidade a ser tratada.

Vale pontuar que a osteotomia também é um procedimento voltado à correção da pressão existente na articulação comprometida, o que se dá em virtude do desalinhamento ósseo.

Tão logo o corte seja realizado, o osso poderá ser fixado na posição ideal. O procedimento pode contar com remoção ou adição de material ósseo. Por fim, são fixados placas e parafusos específicos, necessários para fixação óssea e cicatrização da área.

A cirurgia de osteotomia pode ser realizada de duas formas. Confira:

  • Abertura: Uma abertura é realizada no osso, procedendo-se à modificação do eixo da estrutura óssea. Este caso é conhecido pela melhor preservação dos ossos, havendo correção em grau considerado mais fácil de se modificar;
  • Fechamento: Esta técnica é feita com a realização de dois cortes no osso e retirada de uma das partes da estrutura. Posteriormente, há a junção das extremidades, de modo a fixar a fratura. Com isso, torna-se possível a modificação do eixo, de acordo com a necessidade do paciente. Realizada em até duas horas, esta é uma cirurgia em que a fixação é feita de maneira mais rígida, sem ser necessário o emprego de enxertos ósseos. Além disso, a técnica requer que o paciente permaneça internado por até dois dias, tratando-se de um procedimento invasivo.

A técnica cirúrgica indicada para cada caso:

Osteotomia femoral valgizante:

Esta técnica, realizada no fêmur, costuma ser adotada para pacientes que apresentam joelhos em valgo. A cirurgia, nesse caso, se dá por meio de uma incisão na porção lateral do joelho afetado. Dessa maneira, o osso fica exposto, possibilitando com que haja a colocação de placas para fixação da região.

Osteotomia proximal da tíbia:

Conhecida, também, como “osteotomia desvarizante proximal da tíbia”, é recomendada para pacientes com joelhos varos, que são caracterizados pelos desalinhamentos que apresentam.

Esta costuma ser uma técnica indicada para casos de desalinhamento do joelho que apresentam desgastes isolados nos compartimentos lateral ou medial, havendo a preservação do compartimento oposto.

A técnica em questão também pode ser aplicada em pacientes com artrose do joelho, assim como vítimas de determinadas fraturas.

O procedimento pode ser realizado com a retirada ou adição, em forma de cunha, de uma porção óssea. Quando as cunhas são de abertura, poderá ser preciso que se proceda à realização de enxertos, fundamentais para o preenchimento da área operada, promovendo consolidação óssea.

Para que casos a osteotomia do joelho pode ser indicada:

A cirurgia em questão poderá ser recomendada pelo médico nas seguintes situações:

  • Como modo de proteger cartilagens e meniscos após reparos;
  • Para artroses que ocorrem somente na parte interna do joelho;
  • Em associação a procedimentos para reconstrução de lesões ligamentares de natureza crônica;
  • Quando o paciente apresenta joelho valgo.

A técnica cirúrgica será empregada de acordo com a doença ou condição apresentada pelo paciente. Em geral, a cirurgia costuma ser realizada em indivíduos com idade inferior a 60 anos, que apresentem peso ideal e mobilidade satisfatória nos joelhos. Tais critérios são necessários para a redução do risco de uma complicação.

Confira os riscos que este procedimento no joelho pode apresentar:

Embora a cirurgia seja considerada de grande segurança aos pacientes, abaixo estão listados alguns possíveis riscos:

  • Ocorrência de infecções;
  • Hipo ou hipercorreção;
  • Dores;
  • Tromboses;
  • Dificuldades de consolidação;
  • Fixação e perda.

Por conta dos riscos, realiza-se uma avaliação antes da cirurgia, analisando-se a existência de lesões, bem como do eixo a ser alinhado, evitando-se complicações após o procedimento cirúrgico.

Quais são os cuidados pós-operatórios que o paciente deverá ter:

A osteotomia costuma demandar mais tempo para recuperação do paciente, se comparada com outras cirurgias do joelho. Dessa forma, o período pós-operatório pode contar com:

  • Limitação de cargas nos joelhos;
  • Emprego de imobilizadores;
  • Restrição de deambulações do indivíduo.

Este procedimento é comumente associado a outros, podendo ser necessária a combinação de outros tipos de cuidados pós-operatórios.

O restabelecimento do paciente costuma ocorrer em até 1 ano após a realização da osteotomia.

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