Distensão muscular: o que é, sintomas, tratamentos e causas

Distensão muscular é a ruptura das fibras musculares e ocorre quando o tendão ou músculo realiza esforço excessivo. A distensão muscular também é conhecida na literatura médica como estiramento muscular. Esse tipo de lesão ocorre quando o músculo é esticado além de sua capacidade.

Comumente a distensão muscular ocorre durante a prática de atividades físicas e esportes, bem como em ações corriqueiras do cotidiano, como levantar algo pesado sem o devido preparo. Quando ocorre a distensão ou estiramento muscular, a pessoa sente dor intensa e fica temporariamente incapacitada de utilizar o músculo afetado.

Partes do corpo que sofrem com a distensão muscular

A distensão muscular pode acometer diferentes partes do corpo que possuam músculos, tais como:

  • Coxas: acomete principalmente músculos isquiotibiais, que são os localizados na parte de trás das coxas, e no quadríceps, que é a parte frontal das coxas.
  • Panturrilhas: na maioria das vezes acontece quando a pessoa está realizando corridas, movimentos bruscos ou saltos.
  • Pés: essa região do corpo costuma ser acometida com um estiramento muscular durante a realização de atividades que exigem movimentos repentinos e repetitivos, como em danças e esportes com bola.

Sintomas da distensão muscular

Ao sofrer uma distensão muscular, a pessoa se queixará de:

  • Dor: pode ser de leve a intensa a depender sempre da gravidade da lesão. Essa dor costuma se concentrar apenas no local da lesão, sem irradiação.
  • Inchaço: nas primeiras horas após a lesão é comum que a região afetada fique inchada. O inchaço pode tanto ser explícito e visível, como ser notado ao toque.
  • Rigidez muscular: de horas a dias após a lesão, a rigidez muscular se torna um limitador presente na vida de quem tem uma distensão muscular.
  • Espasmos musculares: pode acontecer espasmos musculares ou contrações involuntárias dos músculos na área que foi distendida. Esses espasmos podem ser muito dolorosos.
  • Sensibilidade: pressionar ou tocar ainda que de leve a área afetada pode causar dor.
  • Limitação motora: ao ter um estiramento muscular é natural que o paciente sinta uma limitação dos movimentos ao tentar esticar ou dobrar o membro afetado.
  • Sensação de estalo na lesão: é importante ressaltar que nem todos os pacientes com distensão muscular sentem esse sintoma. Se trata da sensação de ouvir um estalo ou estalido no momento em que a lesão ocorre.
  • Fraqueza muscular: nesses casos há bastante dificuldade para caminhar, realizar atividades comuns e fáceis do dia a dia, bem como subir escadas.

Avaliando a gravidade da lesão em uma distensão muscular

A gravidade de uma distensão muscular pode variar, o que afeta diretamente no tipo de abordagem clinica durante o tratamento. Podemos dividir a gravidade de um estiramento muscular da seguinte forma:

  • Grau I (Leve): gera dor de leve a moderada, podendo apresentar nenhum ou pouco inchaço. O paciente também pode se queixar de uma leve perda dos movimentos no local atingido.
  • Grau II (Moderado): as dores musculares podem ser de moderada a intensa, bem como há inchaço moderado no local da lesão. É comum o aparecimento de hematomas na região afetada, bem como surge uma limitação na realização de movimentos.
  • Grau III (Grave): nesse caso a dor é sempre intensa e o inchaço é bem aparente. Há hematomas de fácil identificação. O paciente também pode apresentar dificuldade ou total incapacidade de mover o músculo estirado. Nos casos graves é mais comum que se sinta um estalo no momento que ocorre o estiramento muscular.

Tipos de distensão muscular

A literatura médica classifica a distensão muscular em dois tipos diferentes, que são:

  • Distensão muscular aguda: ocorre quando o músculo passa por uma contração repentina e intensa. Na maioria das vezes a distensão muscular aguda atinge atletas e pessoas com má postura durante levantamento de peso, sejam atletas, frequentadores de academia ou pessoas comuns em suas atividades diárias, sobretudo quem trabalha na construção civil.
  • Distensão muscular crônica: o estiramento ocorrerá devido ao uso prolongado ou até mesmo excessivo dos músculos, sendo comum em quem pratica exercícios físicos como futebol, ciclismo e corrida.

Causas de uma distensão muscular

Há muitas situações que podem dar origem a uma distensão muscular, sendo elas:

  • Movimentos bruscos: um movimento do qual não se espera, como um tropeção, torção ou queda, pode esticar o músculo. Esse tipo de movimento brusco ou repentino também é comum durante a prática de alguns esportes, como o futebol.
  • Atividade física inadequada ou excessiva: embora atividades físicas sejam recomendadas para uma vida saudável, a realização das mesmas de forma irregular ou excessiva pode trazer mais malefícios do que benefícios.
    O aquecimento antes de qualquer atividade física é essencial e obrigatório, caso contrário, o músculo é diretamente afetado e aumenta-se as chances de um estiramento muscular. Pessoas que costumam realizar exercícios intensos em academias sem o devido acompanhamento progressivo feito por um profissional, também aumentam de forma significativa o risco de ter uma distensão muscular, entre outros problemas musculares e ósseos.
  • Fadiga Muscular: pode ser desencadeada por conta de desidratação, exercícios intensos e falta de descanso adequado.
  • Envelhecimento: embora cada indivíduo tenha uma velhice distinta em termos de saúde e estética, o fato é que esse é um fator que pode influenciar diretamente na possibilidade de um estiramento muscular.
    Isso porque no processo natural do envelhecimento, os músculos perdem um pouco de sua elasticidade e flexibilidade, se tornando mais suscetíveis a estiramentos. Quando há a redução da força muscular, aumenta-se as chances de uma possível distensão muscular.
  • Desidratação: manter o corpo hidratado evita uma série de problemas no decorrer da vida. Dentre os problemas está o aparecimento de câimbras, que por sua vez esticam o músculo e aumentam o risco de um estiramento.
  • Não fazer aquecimento ou o fazer de forma incorreta: não se aquecer antes das atividades diárias pode ser muito prejudicial e pode ocorrer uma distensão muscular. Se aquecer de maneira incorreta gera o mesmo risco, pois é como se o corpo não tivesse sido preparado para o impacto de uma caminhada, corrida, exercícios ou esportes.

Condições subjacentes para uma distensão muscular

Uma pessoa também pode ser acometida com um estiramento muscular devido a doenças já existentes, como a fibromialgia. Além disso, outras enfermidades, tais como diabetes, algumas condições genéticas e distúrbios neurológicos podem enfraquecer os músculos e torná-los predispostos a uma distensão muscular, além falta de condicionamento físico.

Diagnóstico

Além do exame físico e da avaliação dos sintomas, o médico ortopedista poderá solicitar exames de imagem para confirmar ou avaliar a gravidade da distensão muscular. Os exames de imagem que normalmente são solicitados são radiografias (raio-x), ultrassom, ressonância magnética ou exame de eletromiografia.

Tratamento

O tratamento vai depender da gravidade do problema e será recomendado por um médico ortopedista. Em casos mais leves, é comum que o médico indique repouso do membro afetado, bem como a aplicação de compressas frias entre três e quatro vezes ao dia, por até dois dias após a lesão.

O médico também poderá prescrever o uso de anti-inflamatórios e analgésicos para reduzir a dor e pode ajudar a controlar o processo inflamatório. Para melhorar a sensação de conforto durante o tratamento, realizar a elevação do membro afetado também ajuda a amenizar a dor. Essa elevação pode ser feita de diferentes formas, como com o uso de travesseiros ou almofadas.

A depender de cada caso, sessões de fisioterapia podem ser indicadas a fim de garantir o retorno do paciente a sua rotina de atividades físicas o quanto antes, como é comum no caso de atletas profissionais.

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